Ninho Vazio

Sempre nessa época do ano os comerciais da mídia em geral estão voltados a promoções e mais promoções, ofertando de tudo “quase de graça” para os filhos presentearem as Mamães. Não deixa de ser emocionante ver filhos correndo por todo lado de última hora, buscando algo que agrade, que faça a mamãe feliz; chegando o domingo vão todos em família almoçar, comer aquele franguinho caipira com pequi, aquela macarronada... As mães se sentem princesas, ficam felizes; fotos e mais fotos, gargalhadas, alegria, festa... Mas segunda feira chega e a maioria das mães perdem totalmente esse afeto, vivem sozinhas e na maioria das vezes esquecidas até que se chegue de novo o dia das mães.

Interessante que a vida, segundo a Bíblia, passa muito rápido vai se muito ligeiro – a maioria das casas há pouco tempo estava cheia parecia uma colméia de abelhas, gente entrando e saindo o tempo todo, crianças sendo levadas para escola, logo veio à adolescência e começaram a trazer as (os) coleguinhas, era casa cheia o tempo todo – a janta tinha de ser macarrão... Logo ficaram jovens e começaram a sair sozinhos, a sensação de “ninho vazio” começa a brotar, já não se encontram mais, não se tem tempo para comer pipocas juntos, não se tem tempo para deitar no colo, quase não se abraça, ir a um parque apenas tirar fotos ou fazer um passeio, nem se fala... A vida vai; casam-se e constituem suas próprias famílias, daí já tem mais gente envolvida, aquilo que parecia não dar pra conciliar por motivo de tempo, torna-se pior... Como a vida passa.

Um dia eu vi uma reportagem sobre o dia das mães e a maioria das mães entrevistadas foram perguntadas o que queriam ganhar do(a) filho(a) no dia das mães, a resposta estava na ponta da língua “um abraço”, não custa nada, mas tem um valor terapêutico muito grande (até o ancora do jornal se emocionou, porque pensava em outros presentes); compartilho com vocês um vídeo  que mostra a transitoriedade da vida, Tiago o apóstolo tinha toda razão quando disse “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tg 4:14).  

Não perca tempo de estar com sua mãe, sempre que puder tire um tempinho e demostre seu amor, talvez ela hoje esteja vivendo como esse passaro que tem apenas um “ninho vazio”, longe, sozinha, sem nenhuma noticia... a historia do Pastor ingles John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, conta que sua mãe teve de assumir a administração da casa por questões de compromissos pastorais do seu pai, e ela disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar. Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John Wesley, usando a Biblia o livro dos Salmos como apostila. Ele tornou se muito famaoso no mundo todo, e um dia perguntaram sua mãe qual era seu filho preferido, pensando que ela diria ser o filho famoso, mas resposta dela surpreendeu a todos, ela deixando entrever um sorriso, respondeu: Qual o meu filho preferido? "Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, lhe respondo: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma, é o meu filho doente, até que sare. O que partiu, até que volte. O que está cansado, até que descanse. O que está com fome, até que se alimente. O que está com sede, até que beba. O que está estudando, até que aprenda. O que está nu, até que se vista. O que não trabalha, até que se empregue. O que namora, até que se case. O que se casa, até que conviva. O que é pai, até que os crie. O que prometeu, até que se cumpra. O que deve, até que pague. O que chora, até que cale. E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou: O que já me deixou, até que o reencontre. Isso é amor de mãe.

Como minha mãe me faz falta, mas um dia a verei no céu... esta é minha esperança. 


P.S.: Caso tem interesse em ver o video em alta resolução. (clique aqui)